Por Natan Castro
Existem mais
mistérios entre uma audição e outra de um bom disco de rock que possa conceber
vossa vã filosofia, parafraseando o mestre da dramaturgia, a grande verdade é
que a audição de um sensacional disco de rock envolve alguns pormenores que sem
dúvidas poderão auxiliar e muito os aspirantes a fãs de rock’n’roll. Não é
exagero algum dizer que um grande disco de música, sendo ela rock ou outro
estilo em geral, representa em nossos tempos o mesmo que representou em séculos
passados uma tela de grandes mestres da pintura como Van Gogh, Da Vinci,
Picasso e outros, bem como as belíssimas peças musicais de gênios eruditos como
Wagner, Beethoven, Mozart e Bach. O grande causador da elevação de um acetato
sonoro ao titulo de obra prima foi o surgimento da chamada cultura pop, sua
tremenda capacidade de disseminar informações a principio com o rádio logo
depois com a televisão e nos dias atuais com a internet.
Outro detalhe importante a se ressaltar é a capacidade que uma obra musical registrada
através de um disco (álbum) tem de sintetizar outras vertentes artísticas de grandessíssimo
valor. Grandes álbuns de rock que foram lançados dos anos 60 para frente, nos
mostraram que muitas dessas obras não somente alcançaram reconhecimento somente
pelo seu valor musical, como também por sua extrema beleza poética no que diz
respeito às letras das canções e também de igual valor a estética por detrás das
capas e outros formatos que foram surgindo com o passar dos anos. Então um
disco de música em si ele não só poderá revolucionar no seu ramo artístico, podendo
e como temos exemplos ser reconhecido também entre público e critica por esse
conjunto de fatores. Um grande álbum clássico de rock, respeitadas suas devidas
proporções com o passar do tempo, serão cada vez mais reconhecidos e tidos como
peças de colecionadores por características especiais que extrapolam o mundo da
música.
01 – A ESCOLHA DA
OBRA
Esse primeiro
passo apesar de ser bastante fácil é de extrema importância. Antes de tudo é
aconselhável uma pesquisa prévia sobre o disco, bem como da banda. Recomenda-se
realizar essa pesquisa de forma abrangente, só não podendo avançar a pesquisa
para depois do disco escolhido, dessa forma a essência da busca terá se
perdido, pois a importância de um disco deve-se muito ao tempo anterior a ele e
o tempo presente, ou seja, o período do seu lançamento.
02 – A CAPA
(ESTÉTICA VISUAL) DA OBRA
Grandes discos de
rock se imortalizaram pelo conjunto da obra, e o trabalho visual por detrás de
uma capa como forma de sintetizar o conceito da obra é fundamental. Uma capa
bem produzida artisticamente é importantíssimo para momentos posteriores a
audição do disco, as imagens guardadas na memória referente as fotos,
aquarelas, desenhos ou outras formas de ilustração, sempre serão rememoradas
pelas memórias juntamente com a lembrança das partes das canções como refrão,
solo de guitarra, linhas de baixo, solo de bateria e etc.
03 – FICHA TÉCNICA
A parte técnica,
diz respeito às pessoas envolvidas na produção e gravação de um disco de rock. São
os produtores, artistas e ilustradores, técnicos de som e gravação, estúdios,
músicos convidados, instrumentos usados nas gravações e claro a confirmação da
participação dos membros da banda. No caso dos músicos convidados devemos
chamar a atenção pelo fato de uma música que se sobressaia sobre as demais, os
conhecidos hits, terem alcançado sucesso entre o público, muito das vezes pela
participação imprescindível desses tais convidados.
04 – IDEIAS E/OU CONCEITO
Diversos grandes
álbuns, trazem por detrás de todo o seu tremendo sucesso, ideias prévias e
conceitos. São vários os exemplos de grandes álbuns conceituais na história do rock,
isso inclusive em diversas vertentes do estilo podemos citar Dark Side Of The Moon
(Pink Floyd), The Number Of The Beast (Iron Maiden), Ok Computer (Radiohead),
Magica (Dio) e outros. Quando são conceituais os discos tem todo o seu
processão de criação e produção permeados pelo conceito escolhido pelo artista
e banda.
05 – A AUDIÇÃO DO
DISCO
Como diria um
grande amigo meu, os grandes discos de rock jamais deverão ser escutados de forma
fragmentada, segundo ele é um verdadeiro pecado com multa de deixar a desejar a
parte mais importante do ritual. Faz sentido e diria que possui uma mística por
detrás disso, apertar o play e deixar passar faixa por faixa é fundamental no
entendimento da cadência, ritmo e desenvolvimento das partes do disco. Em alguns
discos como os conceituais uma música acompanha e continua a contar o enredo da
anterior. Em outros existem as faixas escondidas, aquelas que aparecem depois
de um vazio proposital, quem é fã costuma se surpreender com o surgimento de
uma nova canção algumas vezes na mesma extensão da outra, os famosos finais falsos.
Outro fator relevante na audição é saber distinguir entre os sons dos
instrumentos tocados nas músicas, claro que tal técnica só se faz possível depois
de certo tempo de treino, com o passar do tempo o ouvido se mostrará treinado
nesse intuito. Por fim realizar a audição de um clássico disco de rock tem e
deve ser feito com as letras das canções em mãos, o entendimento dos versos, a
interpretação da mensagem, seja poética, factual, histórica é fundamental. Por
último indico em conjunto com a audição um bom vinho, até porque diz a lenda
que as grandes bandas são como vinho.
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Let´s rock baby