1 de out. de 2019

THE CHEMICAL WEDDING - A OBRA PRIMA SONORA DE BRUCE DICKINSON SOBRE O CULTO


Por Natan Castro.


O oculto sempre foi pano de fundo para diversas nobres peças na história da música. The Chemical Wedding de Bruce Dickinson não foi o primeiro e muito menos será o último álbum ou livro ou pintura, seja lá qual for a manifestação artística que ainda sofrerá a influência do oculto. Seria Bruce Dickinson um iniciado de alguma sociedade secreta? Não é de hoje que o vocalista tem composições suas fazendo claras referências a livros antigos, no Iron Maiden foram diversos temas citando a Bíblia e Mitologias. É bem verdade que desde meados dos anos oitenta a Donzela passou a ser uma das principais referências para novas bandas que logo foram enquadradas como Heavy Metal Melódico. É também correto falar que o imaginário Dickinsoniano levou uma leva de bandas da vertente metaleira a se interessar por temáticas análogas como dragões, rainhas e magos.

The Chemical Wedding é o titulo do disco lançado em 1998 pelo vocalista inglês, em se falando de citações o álbum possui diversas a começar pelo título. O Casamento Químico é o nome do livro que deu origem a um dos maiores mistérios das ciências ocultas o movimento filosófico Rosa Cruz. O livro teria sido idealizado pelo alemão Christian Rosenkreutz, a temática do livro está ligada ao número místico 7, a mesma quantidade de dias usada por Deus para criar o mundo. O enredo  fala de um convite feito ao protagonista da história que fora convidado a participar de um casamento onde os fatos alegóricos vez ou outra referem-se a bíblia, cabala e outros conceitos herméticos. A capa escolhida por Bruce de forma alguma foge a regra, a pintura denominada O Fantasma de uma Pulga é uma pintura do poeta, escritor, pintor e ocultista inglês William Blake, a obra de William é profundamente afetada por assuntos místicos, tendo influenciado outro grande nome do rock o também poeta e front-man Jim Morrison, Jim teve a ideia do nome The Doors depois de ter lido um poema de Blake onde ele fala que a humanidade só estará de frente com a verdade universal após ultrapassar as portas (The Doors) da percepção. O disco tem todas suas canções discorrendo sobre temas antigos como As Trombetas de Jericó, O Livro de Thel, King Crimson e outros.

Musicalmente falando o disco que saiu em 1998 pelo selo Sanctuary Records é um pedardo, produzido por Roy Z e co-produzido por Bruce, com a sonoridade passeando pelo Hard e o Heavy num casamento perfeito de peso e melodias, todas extraídas das cordas vocais de um dos maiores vocalistas do rock. Pouquíssimos álbuns do período se proporam a apresentar canções tão belas quanto The Chemical Wedding. Dickinson acertou em cheio quando deixou as rédeas dos arranjos com Roy Z é dele a ideia de colocar uma corda de baixo na primeira corda de cima da sua guitarra, haja vista, que além de produzir também dividiu as guitarras do disco com Adrian Smith (Iron Maiden). Esses e outros atributos só ajudam o álbum a alcançar o título de Obra Prima do rock do Heavy Metal, até porque como tentamos demonstrar acima, The Chemical Wedding como grande disco do artista solo Bruce Dickinson catalisa em seu conceito três grandes manifestações da arte, são elas literatura, poesia e pintura, um clássico incomensurável da música, do rock, arte de altíssima qualidade.



3 de fev. de 2019

EGO KILL TALENT - ROCK COMPETENTE NA NOVA CENA NACIONAL






Os integrantes possuem alguns quilômetros rodados na estrada do rock´n´roll, é gente como Jean Dolabella (ex- Udora, Sepultura) Theo Van Der Loo (guitarrista e baixista) e Raphael Miranda (Bateria e Baixo) ex-integrantes do Sayowa, Jonathan Correa (Vocal) ex- Reação em Cadeia e Niper Boaventura (guitarra e baixo). A banda em questão é o Ego Kill Talent, um dos nomes mais festejados do rock nacional na atualidade. Formada em 2017 a banda lançou em 2015 um EP e em 2017 lançou o primeiro disco homônimo. Chama a atenção a expressão que a banda já de início começou a ter, inclusive com participações em grandes festivais na Europa e América Latina como o Lollapaloza (Chile) e Brasil, a participação também fez uma importante apresentação no Rock In Rio 2018.

A banda faz um post-grunge bastante competente, além de ter seus arranjos pinçados lá para as bandas de Seattle, a banda cita também John Mayer e Tool como grandes citações. O nome da banda foi retirado do ditado "Too much ego will kill your talent" ("Muito ego irá matar seu talento"). A revelação do momento do rock nacional demostra que tem futuro, com músicos excelentes, letras em inglês e um staff que parece saber o caminho das pedras do sucesso na gringa. Chama atenção o revezamento nos instrumentos feito por alguns integrantes, Jean Dolabella por exemplo toca bateria e guitarra na banda, revezando esses instrumentos com Theo Van Der Loo. Em 2017 a banda entrou pra lista das 20 bandas revelações daquele ano.

Por Natan Castro.






28 de mai. de 2017

Bandas de Rock Que Lançaram 02 Discos no Mesmo Ano




É já faz algum tempo, nos dias de hoje isso é algo quase improvável, mas aconteceu sim no passado algumas bandas de rock'n'roll chegaram a lançar dois discos no mesmo ano. Se a galera das bandas atuais passam quase um ou dois anos inteiros produzindo um disco, essas bandas do passado tiravam de letra essa façanha. Algumas inclusive entravam em estúdio sem nada de composição, as músicas eram compostas literalmente dentro do estúdio. Eram os tempos áureos do rock'n'roll com essas bandas no auge de suas possibilidades técnicas, nos casos abaixo é bem fácil perceber ao escutarmos tais músicas onde algumas viraram clássicos imortais do rock'n'roll.

Uriah Heep (Demons and Wizards e The Magician's Birthday, 1972)

System of a Down (Mezmerize e Hypnotize, 2005)

Deep Purple (Burn e Stormbringer, 1974)

Guns N' Roses (Use Your Illusion I e II, 1991)

Kiss (Kiss e Hotter Than Hell, 1974)

Ramones (Leave Home e Rocket To Russia, 1977)

Jimi Hendrix Experience (Are You Experienced e Axis: Bold As Love, 1967)

Black Sabbath (Black Sabbath e Paranoid, 1970)

Led Zeppelin (Led Zeppelin e Led Zeppelin II)

The Beatles (Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band e Magical Mystery Tour, 1967)


27 de abr. de 2017

Beatles - 50 anos depois sai nova versão de Sargent Peppers



Em comemoração aos cinqüenta anos de lançamento de Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, o jornal The Guardian divulgou uma versão inédita da faixa título do álbum. A faixa é somente uma  amostra das novidades que os fãs poderão ter no disco que será lançado em breve em homenagem aos cinqüenta anos do clássico da banda.

Lançado em 1967 o disco é considerado pela critica um divisor de águas na música pop. É indubitável o pioneirismo do disco em diversas frentes, pela primeira vez as canções ultrapassaram mais de três minutos e meio, as letras colocadas no verso da capa, e a mais marcante a jogada de marketing sobre a possível morte de Paul McCartney que teria sido substituído por um sósia, dando inicio a vários factoides que se espalharam pela carreira de diversos artistas da música pop.


18 de mar. de 2017

Chuck Berry - O Adeus do Músico que Representava a Síntese do Rock


Chuck Berry
Por Natan Castro

Morreu hoje por volta do inicio da tarde Charles Edward Anderson Berry, mais conhecido como Chuck Berry, cantor e guitarrista importantíssimo para a história do rock'n'roll e de toda a música pop. Por volta das 13:40h a policia de St. Charles (Missouri, Estados Unidos) recebeu uma chamada de emergência ao chegar na casa o músico estava caído, os policiais tentaram reanimá-lo mas, não obtiveram sucesso, Chuck Berry faleceu em sua casa na tarde desse dia 18 de Março de 2017 aos 90 anos.

O site do artista nos últimos meses, fazia alusão a lançamento de um novo disco em homenagem aos seus 90 anos. Infelizmente se sair algo será de forma póstuma. A representatividade da carreira de Chuck Berry para o rock'n'roll em si é absurda. Todos os grandes músicos que formaram grandes bandas de rock na década de 60 citam o músico como influência indispensável no inicio de carreira, John e Paul, Mick e k. Richards, Eric Clapton, Eric Burdon e uma leva grande de excelentes artistas do meio e inclusive de fora do cenário falam da importância das canções de Chuck Berry. O músico foi um dos primeiros guitarristas do gênero a solar em uma música de rock'n'roll, demonstrando que possuía uma técnica especialmente criada para a batida quatro por quatro do rock'n'roll.
  

Foram um pouco mais de cinqüenta anos de carreira, demonstrando um vigor e uma atitude rock'n'roll invejosa, sempre ao lado de sua guitarra, o chapéu de marinheiro na cabeça, e um sorriso típico dos grandes front man da música negra. No Brasil o músico sempre foi citado com deferência por nomes como Raul Seixas, Renato e Seus Blue Caps, Mutantes, e toda a turma da Jovem Guarda. Era um dos últimos músicos vivos daquela primeira leva de grandes ídolos do rock'n'roll, uma mesma linhagem que nos deu Elvis Presley, Jerry Lee Lewys, Ritchie Valens, Fats Domino, Ed Chrocane, Buddy Holly e outros. 


2 de mar. de 2017

Aretha Franklin - Há 50 Anos Ela Pediu Respeito e Criou Um Clássico




Em 10 de março de 1967, a gravadora Atlantic lançava “I Never Loved a Man the Way I Love You”. Era o 11º álbum de estúdio de uma cantora então prestes a completar 25 anos, chamada Aretha Franklin.
O disco marcava a estreia de Aretha na Atlantic depois de sua saída da gravadora Columbia, motivada pela insistência da Columbia em vender Aretha como uma cantora de jazz. Ela adorava jazz, mas queria gravar soul e rhythm’n’blues e lançar discos de maior vendagem. Aretha queria sucesso.
Um dos donos da Atlantic, Jerry Wexler, levou a cantora a Muscle Shoals, no Alabama, para gravar no estúdio FAME, gerenciado por um produtor e arranjador chamado Rick Hall. Wexler estava impressionado com o som forte e grooveado que Hall e sua banda de estúdio, o Swampers, havia conseguido em gravações com Etta James, Wilson Pickett e Otis Redding.
O Swampers teve várias formações, mas seu núcleo era formado por Roger Hawkins (bateria), Barry Beckett (teclados), David Hood (baixo), Pete Carr e Jimmy Johnson (guitarra) e Spooner Oldham (teclados). A banda era tão boa que artistas famosos faziam fila para contratar seus serviços. Um dia, Paul Simon ligou atrás daquela “banda negra” que fazia um som tão funkeado, e ficou surpreso ao descobrir que eram todos brancos.
Veja um trecho do ótimo documentário “Muscle Shoals” (com legendas automáticas em inglês), com um depoimento de Aretha e imagens dela gravando em Muscle Shoals.
Aretha chegou ao estúdio FAME e logo se enturmou com a banda, mas seu marido, Ted White, sujeito violento e explosivo, não gostou de vê-la gravando apenas com músicos brancos. White acabou discutindo com um saxofonista e exigiu que Wexler o demitisse, o que irritou Rick Hall. Depois da sessão, Hall foi ao hotel de Aretha e White tentar apaziguar os ânimos, mas acabou se envolvendo numa discussão violenta com White, que terminou com os dois trocando socos. Aretha e o marido foram embora no dia seguinte e nunca mais voltaram a Muscle Shoals.
A sessão havia rendido apenas uma música, mas era sublime: a faixa-título, “I Never Loved a Man (The Way I Love You)”:
De volta a Nova York, Aretha disse a Wexler que ficara impressionada com a qualidade e simplicidade da gravação que fizera no Alabama. Ela estava cansada dos arranjos orquestrais e complexos dos discos de jazz da Columbia, e queria manter as coisas simples. Wexler montou uma banda espetacular, que incluía os saxofonistas King Curtis e Charles Chalmers, além de alguns músicos de estúdio “importados” de Muscle Shoals, como o guitarrista Jimmy Johnson e o tecladista Spooner Oldham.
“I Never Loved a Man (The Way I Love You)” era um clássico da soul music, mas a canção que abria o disco conseguia ser ainda mais impactante: uma versão de “Respect”, música composta e gravada em 1965 por Otis Redding.
É curioso comparar as duas versões e ver como algumas mudanças no arranjo e na forma de cantar podem fazer a mesma música ter significados distintos. Aretha não mudou nada na letra de Redding, apenas acrescentou o antológico refrão em que soletrava a palavra “Respect” (“respeito”), mas a força do arranjo e da interpretação de Aretha transformaram a canção. A versão original é bem mais “tranquila”, e Redding parece fazer um apelo à mulher (ou à família) para que o respeitem “quando eu chegar em casa”.
Já a versão de Aretha é uma bomba atômica, uma canção explosiva que virou hino feminista e de afirmação do orgulho negro.

Quando ouviu a versão de Aretha, Otis Redding teria dito: “Perdi minha música. Aquela menina a tirou de mim.”
fonte: site uol.

6 de fev. de 2017

Quase dois meses depois, corpo de George Michael ainda não foi enterrado



A polícia britânica segue investigando a causa da morte de George Michael um mês e meio depois do ocorrido. O cantor foi encontrado morto pelo namorado no dia 25 de dezembro, em sua casa. 
Fadi Fawaz, que estava em um relacionamento com o cantor há quatro anos, já foi interrogado pelos investigadores, que voltaram a afirmar que a morte não é suspeita, apesar de ainda não ter sido esclarecida. Por isso, o corpo ainda não pode ser enterrado e novos testes toxicológicos devem ser feitos.
Fadi foi questionado se George temia morrer de overdose e as últimas horas do casal. Ele contou aos policiais ter dormido no carro na noite em que o cantor morreu.
O próximo passo da polícia será questionar vizinhos para esclarecer como foram os últimos sete dias de vida de George Michael e quem entrou e saiu da casa dele. As informações são do tabloide britânico "The Sun".
Divulgado no dia 30 de dezembro, o primeiro laudo sobre a causa da morte de George Michael teve resultado inconclusivo. O relatório da autópsia apontava que a morte é "inexplicável, mas não suspeita".
Fonte: Site Uol