Em meio às comemorações de
50 anos do movimento da Jovem Guarda, muito se fala dos principais artistas
revelados pelo programa de TV que propiciou carreiras artísticas que duram até
hoje, cantores como Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Erasmo
Carlos e cantoras como Wanderléa, Martinha, Lilian estão até hoje por ai
fazendo shows. Se a Tropicália praticamente criou a MPB de artistas consagrados
como Caetano, Gil, Tom Zé, Jorge Ben, Tim Maia, Ivan Lins, Gal Costa, em outro
diapasão a Jovem Guarda é culpada da trajetória de varias bandas de rock
algumas ainda em plena evidencia no Brasil.
O que pouca gente sabe é que
existiram naqueles dourados anos, praticamente o lado B do movimento. Esse
outro lado era estrelado por grandes bandas, que tiveram seus trabalhos pouco
divulgados, na maioria das vezes essas bandas serviam de banda de apoio em
shows, apresentações em programas e bandas de estúdio nas gravações dos discos
dos principais nomes do movimento. Abaixo falaremos de algumas, que possuem
trabalhos bastante interessantes, não deixando a desejar em qualidade técnica e
de composição.
JOVEM
GUARDA – BANDAS (LADO B) DO MOVIMENTO
Como todo grande movimento musical a Jovem Guarda também teve seus artistas e bandas que ficaram
relegados ao Lado B do movimento, ou seja, num grau de reconhecimento esses
artistas e bandas tiveram um reconhecimento muito aquém da importância deles
dentro do fenômeno da Jovem Guarda. Apesar disso a pungência criativa e a
atitude própria do rock nunca faltou a essa turma. O que se convencionou logo
depois a ser chamada de bandas de garagem ao redor do mundo, teve nessas bandas
os integrantes da onda no Brasil. Se a turma de Roberto e Erasmo estava sob os
holofotes da fama, essas bandas estavam muito delas fazendo a festa, com toda a
liberdade possível, longe das exigências dos números do mainstream. A maioria
gravaram poucos discos, algumas apenas EP`S mas sempre com todo o vigor juvenil
que somente o rock’n’roll pode nos proporcionar, por que não dizer que essas
bandas foram as precursoras do que mais tarde passamos a chamar de bandas
independentes.
Segue abaixo uma seleção muito legal, de várias
das bandas que participaram e algumas outras que surgiram na mesma onda da
Jovem Guarda, hoje conhecidas como bandas de garagem dos anos sessenta do
Brasil ou lado B da Jovem Guarda.
BANDAS
ATUAIS QUE CONTINUAM O LEGADO
AUTORAMAS
É uma
banda de rock brasileira. Formada no Rio de Janeiro em 1997, é uma das mais bem-sucedidas no cenário independente do país. O
conjunto foi formado por Gabriel Thomaz (guitarra e vocais) que, após se tornar
conhecido com seu grupo Little Quail and The
Mad Birds e fazer sucesso como compositor de hits de
bandas como Raimundos e Ultraje a Rigor, muda-se para Rio de Janeiro e convida seus amigos Nervoso (bateria) e Simone (baixo) para fazer um som batizado em português como "Rock para Dançar", uma mistura
da surf music dos anos 60 com a new wave dos anos 80, mais influências de rockabilly, Jovem Guarda e a energia
do punk rock,
com guitarras com timbres marcantes,
baixo distorcido e batidas dançantes.
FAICHECLERES
Banda Curitibana de rock,
totalmente influenciada por rock de garagem, psicodelia e movimento Mod e claro
jovem guarda Lado B. Com visual totalmente anos sessenta, a letra da banda são
receheadas de sarcasmos e duplos sentidos, em formato de trio usando de
arranjos mais enxugados possíveis, eles já lançaram alguns álbuns sempre com
ótimas criticas.
CACHORRO
GRANDE
é uma banda brasileira de rock and roll formada em 1999, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus
integrantes são Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria). Bebendo sempre na verve do rock básico, é visível a
influencia da Jovem Guarda Lado B, rock de garagem, bandas pré-punks.
JÚITER
MAÇA
também conhecido como Júpiter
Maçã ou Jupiter Apple (Porto Alegre, 26 de janeiro de 1968), é um cantor,compositor, cineasta e brasileiro de
carreira solo.
Ainda utilizando o nome artístico
de Flávio Basso, integrou as bandas TNT e Os
Cascavelletes.
Seu primeiro disco solo, A Sétima Efervescência (1997), é
calcado nos moldes de The Piper at the Gates of Dawn,
do Pink Floyd,
com psicodelia e experimentação (e por um leve momento, um
prenúncio de sua obra ulterior, o final de "Sociedades Humanóides
Fantásticas", uma bossa-nova psicodélica). As músicas desse disco são
grandes referências do rock gaúcho. Contém algumas fixadas no imaginário
underground, como "Um Lugar do Caralho" (regravada por Wander
Wildner no disco Baladas Sangrentas), "Eu e Minha
Ex" (com a parceria de Marcelo Birck nos
arranjos), "As Tortas e as Cucas" e "Essência Interior".
Após experimentar um grande
sucesso com o lançamento desse disco, torna-se Jupiter Apple, compõe em inglês,
e decide misturar bossa-nova e vanguarda. Muitos fãs não o entenderam,
preferindo a psicodelia mais acessível de A Sétima Efervescência.
Essa mistura inusitada está muito bem feita no seu segundo disco, Plastic Soda (1999).
Ele começa com uma canção de nove minutos, "A Lad and a Maid in the
Bloom", que define o caráter inovador do disco.
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