31 de ago. de 2015

JOVEM GUARDA - E AS BANDAS QUASE DESCONHECIDAS DO MOVIMENTO


Por Natan Castro

Em meio às comemorações de 50 anos do movimento da Jovem Guarda, muito se fala dos principais artistas revelados pelo programa de TV que propiciou carreiras artísticas que duram até hoje, cantores como Roberto Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Erasmo Carlos e cantoras como Wanderléa, Martinha, Lilian estão até hoje por ai fazendo shows. Se a Tropicália praticamente criou a MPB de artistas consagrados como Caetano, Gil, Tom Zé, Jorge Ben, Tim Maia, Ivan Lins, Gal Costa, em outro diapasão a Jovem Guarda é culpada da trajetória de varias bandas de rock algumas ainda em plena evidencia no Brasil.

O que pouca gente sabe é que existiram naqueles dourados anos, praticamente o lado B do movimento. Esse outro lado era estrelado por grandes bandas, que tiveram seus trabalhos pouco divulgados, na maioria das vezes essas bandas serviam de banda de apoio em shows, apresentações em programas e bandas de estúdio nas gravações dos discos dos principais nomes do movimento. Abaixo falaremos de algumas, que possuem trabalhos bastante interessantes, não deixando a desejar em qualidade técnica e de composição.

JOVEM GUARDA – BANDAS (LADO B) DO MOVIMENTO


Como todo grande movimento musical a Jovem Guarda também teve seus artistas e bandas que ficaram relegados ao Lado B do movimento, ou seja, num grau de reconhecimento esses artistas e bandas tiveram um reconhecimento muito aquém da importância deles dentro do fenômeno da Jovem Guarda. Apesar disso a pungência criativa e a atitude própria do rock nunca faltou a essa turma. O que se convencionou logo depois a ser chamada de bandas de garagem ao redor do mundo, teve nessas bandas os integrantes da onda no Brasil. Se a turma de Roberto e Erasmo estava sob os holofotes da fama, essas bandas estavam muito delas fazendo a festa, com toda a liberdade possível, longe das exigências dos números do mainstream. A maioria gravaram poucos discos, algumas apenas EP`S mas sempre com todo o vigor juvenil que somente o rock’n’roll pode nos proporcionar, por que não dizer que essas bandas foram as precursoras do que mais tarde passamos a chamar de bandas independentes.



Segue abaixo uma seleção muito legal, de várias das bandas que participaram e algumas outras que surgiram na mesma onda da Jovem Guarda, hoje conhecidas como bandas de garagem dos anos sessenta do Brasil ou lado B da Jovem Guarda.






BANDAS ATUAIS QUE CONTINUAM O LEGADO

AUTORAMAS



É uma banda de rock brasileira. Formada no Rio de Janeiro em 1997, é uma das mais bem-sucedidas no cenário independente do país. O conjunto foi formado por Gabriel Thomaz (guitarra e vocais) que, após se tornar conhecido com seu grupo Little Quail and The Mad Birds e fazer sucesso como compositor de hits de bandas como Raimundos e Ultraje a Rigor, muda-se para Rio de Janeiro e convida seus amigos Nervoso (bateria) e Simone (baixo) para fazer um som batizado em português como "Rock para Dançar", uma mistura da surf music dos anos 60 com a new wave dos anos 80, mais influências de rockabillyJovem Guarda e a energia do punk rock, com guitarras com timbres marcantes, baixo distorcido e batidas dançantes.



FAICHECLERES



Banda Curitibana de rock, totalmente influenciada por rock de garagem, psicodelia e movimento Mod e claro jovem guarda Lado B. Com visual totalmente anos sessenta, a letra da banda são receheadas de sarcasmos e duplos sentidos, em formato de trio usando de arranjos mais enxugados possíveis, eles já lançaram alguns álbuns sempre com ótimas criticas.



CACHORRO GRANDE


é uma banda brasileira de rock and roll formada em 1999, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus integrantes são Beto Bruno (vocal), Marcelo Gross (guitarra), Rodolfo Krieger (baixo), Pedro Pelotas (teclado) e Gabriel Azambuja (bateria). Bebendo sempre na verve do rock básico, é visível a influencia da Jovem Guarda Lado B, rock de garagem, bandas pré-punks.


JÚITER MAÇA


também conhecido como Júpiter Maçã ou Jupiter Apple (Porto Alegre26 de janeiro de 1968), é um cantor,compositorcineasta e brasileiro de carreira solo.
Ainda utilizando o nome artístico de Flávio Basso, integrou as bandas TNT e Os Cascavelletes.
Seu primeiro disco solo, A Sétima Efervescência (1997), é calcado nos moldes de The Piper at the Gates of Dawn, do Pink Floyd, com psicodelia e experimentação (e por um leve momento, um prenúncio de sua obra ulterior, o final de "Sociedades Humanóides Fantásticas", uma bossa-nova psicodélica). As músicas desse disco são grandes referências do rock gaúcho. Contém algumas fixadas no imaginário underground, como "Um Lugar do Caralho" (regravada por Wander Wildner no disco Baladas Sangrentas), "Eu e Minha Ex" (com a parceria de Marcelo Birck nos arranjos), "As Tortas e as Cucas" e "Essência Interior".
Após experimentar um grande sucesso com o lançamento desse disco, torna-se Jupiter Apple, compõe em inglês, e decide misturar bossa-nova e vanguarda. Muitos fãs não o entenderam, preferindo a psicodelia mais acessível de A Sétima Efervescência. Essa mistura inusitada está muito bem feita no seu segundo disco, Plastic Soda (1999). Ele começa com uma canção de nove minutos, "A Lad and a Maid in the Bloom", que define o caráter inovador do disco.




Nenhum comentário :

Postar um comentário

Let´s rock baby