21 de ago. de 2015

RAUL SEIXAS – 26 ANOS SEM O MAIOR ARTISTA DA MÚSICA BRASILEIRA - PARTE 01



Por Natan Castro

Há exatamente 26 anos morria o maior artista desse país, Raul Santos Seixas foi encontrado morto em seu apartamento no centro de São Paulo no dia 21 de Agosto de 1989 por sua empregada, diz à lenda que Raul Seixas teria morrido abraçado com a foto de Elvis Presley. A lacuna deixada no rock brasileiro pelo seu desparecimento é abissal, dificilmente outro artista de rock ou da própria MPB conseguirá suprir a falta que o maluco beleza faz em nossa música. Durante todo o fim de semana o Blog tempodemúsica estará homenageando Raul Seixas, com matérias sobre sua brilhante trajetória no mundo do rock e em nossas vidas em geral.

RAUL SEIXAS E A INFLUÊNCIA AMERICANA EM SUA FORMAÇÃO.



A adolescência de Raul Seixas foi em Salvador sua cidade natal. Por volta dos 12, 13 anos Raul passou a ter contato com filhos de americanos que trabalhavam na Embaixada dos E.U.A na Bahia. Esse contato foi imprescindível na formação musical de Raul, pois naqueles anos o mundo começava a viver os primeiros anos do pós-guerra e toda a juventude em geral havia abraçado o rock’n’roll como ritmo predileto, além de todas as outras mudanças de atitude que o mesmo propunha, ouvir rock naqueles anos era sinônimo de ser jovem. Por conta dessa aproximação Raul Seixas passou a se familiarizar com a língua Inglesa e conseguintemente com o rock, pois foram esses amigos que lhe apresentaram ao gênero e lhe emprestaram os álbuns recém-lançados de Elvis Presley, Fats Domino, Chuck Berry, Jerry Lee Lewys e outros. Logo depois Raul junto de seu amigo Waldir Serrão montaram o Elvis Rock Club que foi talvez o primeiro fã clube de Elvis Presley no Brasil.

RAUL SEIXAS E OS THE PHANTERS


Mais tarde já sabendo tocar alguns acordes, Raul Seixas se junta a outros amigos que curtiam rock’n’roll na cidade e monta o grupo que ficou conhecido pelo nome de Raulzito e os Panteras, esse conjunto rodava o interior da Bahia realizando diversas apresentações sempre com bastante sucesso. Em meados dos anos sessenta o astro da Jovem Guarda Jerry Adriani em passagem pela capital bahiana teve problemas com sua banda de apoio, por conta disso foi apresentado ao grupo de Raulzito para realizarem uma audição na possibilidade de participarem como banda de apoio nos shows do cantor na Bahia. A banda de Raul se saiu super bem, pois conforme disse Jerry Adriani anos depois, “eles sabiam todo o repertório de rock’n’roll da época, por isso ficou bastante fácil o acompanhamento deles nos meus shows.” Por conta do ótimo desempenho Jerry convidou a banda a irem para o Rio de Janeiro com o intuito de divulgarem eles e ajudar os baianos a gravarem seu primeiro e único disco. E foi isso que aconteceu, mas infelizmente o disco não vingou e anos depois por volta de 1968 o conjunto foi obrigada a retornar a Salvador.

O RETORNO COMO PRODUTOR DA GRAVADORA CBS



Após esse retorno Raul Seixas passou um período em profunda depressão, dizem os relatos que passava dias trancado dentro de um quarto e recebia a comida pela janela. Certo dia bate na porta de sua casa na Bahia um amigo dos tempos do Rio de Janeiro que trabalhava na gravadora CBS, e o convida para trabalhar no Rio de Janeiro como produtor da gravadora, produzindo e compondo canções para alguns artistas, alguns inclusive da Jovem Guarda. É desse período sucessos como Doce Doce Amor sucesso na voz de Jerry Adriani.

A MORTE DO PRODUTOR RAUL SANTOS SEIXAS E O NASCIMENTO DO ARTISTA RAUL SEIXAS.


Diz a lenda que por volta de 1972 Raul aproveita a viagem do presidente da gravadora para os E.U.A e realiza a gravação do álbum conceitual chamado Sociedade da Grã Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez nesse disco o roqueiro além de cantar ele também é produtor, outros artistas participaram do disco eram eles Sergio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star, o álbum é considerado um dos melhores discos dos anos setenta na música brasileira. Mas apesar de ser considerado pela critica como acima da média o presidente ao saber da façanha realizada por Raul sem sua autorização o manda embora da gravadora. Logo depois Raul apresenta algumas de suas composições próprias ao diretor artístico e musico Roberto Menescal que de pronto aprovou o que ouviu, essas canções fazem parte do primeiro disco de Raul Seixas denominado Krig-Há Bandolo o álbum inteiro é recheado de canções clássicas. Esse disco marca o inicio da carreira de Raul Seixas o artista solo e o desaparecimento do produtor de sucesso que foi desde seu retorno ao Rio de Janeiro.

Raul Seixas no festival Phono 73 (o inicio)


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