20 de jul. de 2016

Steve Jobs - Como Ele Ajudou a Salvar a Indústria Fonográfica




A revolução tecnológica ocorrida nos últimos trinta anos em muito se deve a contribuição trazida por jovens estudantes que na virada dos anos 60 para os 70, amavam computação na mesma medida que amavam seus heróis da música. Steve Jobs e Steve Wozniack as duas cabeças pensantes por detrás da revolução do computador pessoal, eram ambos amantes de ídolos do rock, fãs assumidos de Beatles e Bob Dylan. Ambos piratearam ainda nos anos 70 diversos áudios de concertos de Bob Dylan, tudo isso muito antes do boom da troca livre de música pela internet nos anos 90.

No final dos anos 90 e inicio dos anos 2000, a indústria fonográfica se encontrava encurralada em âmbito mundial. O motivo era o crescimento substancial de downloads de músicas causados pelo surgimento de programas como o Kazaa, Napster e outros. Em contra partida a queda na venda de cd`s só aumentava. Por volta de 2002 diretores de grandes gravadoras como Sony Music, Warner e Universal foram pedir o auxilio da Apple para evitar o que seria a possível pulverização da própria indústria fonográfica. A princípio Steve Jobs desejou saber como eles imaginavam travar uma batalha capaz de reduzir ou acabar com os downloads ilegais de música. Após ouvi-los alertou a todos que caso continuassem com aqueles planos a indústria sucumbiria fatalmente em poucos meses.


Depois de uns dias pensando sobre o assunto, Jobs percebeu que a saída estava na tradição que ajudara a criar no âmbito da sua própria empresa a Apple. Desde os inicio dos trabalhos da Apple na indústria de computadores, o mago da tecnologia sempre teve certeza que o futuro de sua empreitada estava ligada a certeza de nunca ter a patente de seus produtos plageados por nenhuma outra empresa de tecnologia. Essa cultura de proteção imposta por Jobs desde o nascimento da Apple seria a saída para a indústria fonográfica. Em suma a sua ideia era vender as músicas dos artistas de forma unitária dentro de uma plataforma na internet, até ai todos concordavam, mas algo causou o estranhamento das gravadoras e dos artistas em geral, na visão de Jobs as músicas seriam vendidas cada uma por 99 centavos de dólar. A ideia de Jobs era oposta a uma tradição da indústria de vender álbuns, que possuíam muito mais de uma música. A verdade que o pai do iMac já tinha todo plano definido em sua cabeça, a música vendida por 99 centavos de dólar na iTunes Store, estaria protegida de downloads indevidos pelo motivo de somente poder ser copiada para dentro de IPods (tocador de música da Apple) e iMacs (Versão moderna do primeiro computador pessoal criado por Jobs no inicio dos anos 80). Ou seja, desta forma ele ficaria com 5% das vendas das músicas, 70% iria para as gravadoras e o restante para os artistas. No lançamento do iTunes Store em 2003 Steve Jobs chamava a atenção que na verdade nenhum fã de música desejava roubar músicas em formato digital, mas até aquele momento eles não tinham outra opção, com a chegada da plataforma da Apple as coisas mudariam e de fato mudaram. Após seis dias do lançamento do iTunes Store a plataforma já havia vendido 1 milhão de músicas, no seu primeiro ano de existência alcançou a marca de 70 milhões de musicas vendidas. Ajudando a salvar a indústria da música Jobs ajudou também a alavancar também a venda de iPods e iMacs ganhando talvez bem mais que as gravadoras, uma verdadeira jogada de mestre. Além é claro criar o cerne daquilo que seria o retorno da rentabilidade das grandes gravadoras depois de muito tempo, o atual fenômeno do streaming.

Natan Castro - Editor

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