17 de out. de 2016

Dez Grandes Livros Sobre a Música Pop




Mito do jazz entre as décadas de 1930 e 1950, Billie Holiday foi criadora de um modo peculiar de viver e de cantar que marcou a carreira de uma série de cantoras estadunidenses, como Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald. Infelizmente, a grande dama morreu pobre, viciada em heroína e já praticamente sem voz. Somente depois de morta foi reconhecido seu papel de vanguarda na criação e popularização de um estilo musical que veio a conquistar adeptos no mundo todo. Esta obra conta de maneira pungente e dramática a história de sua vida conturbada, da infância até o início da década de 1950. Expõe cruamente seus percalços com a polícia, a perseguição que sofreu por parte da imprensa, os dissabores amorosos e os meandros do submundo das drogas e do showbiz.

Em sua biografia à três, Weller ilumina a arte e a vida interior dos ícones que ela examina, mostrando como seus caminhos se cruzaram dentro de uma cultura que ajudou a criar. Segundo a publicação, Girls atinge um raro equilíbrio high-low, servindo-se de fofoca, enquanto analisa o complexo papel de estralas como mulheres e criadoras.
Como Guralnick escreve, “são as pessoas cujas histórias muitas vezes não tem sido contadas.” Apesar de ter sido publicado no final dos anos 1970, os retratos de Elvis, Bobby “Blue” Bland e outros tem uma qualidade atemporal que irá continuar a ser significativa para qualquer fã de música.

7. Abaixo de cão: Autobiografia – Charles Mingus, 1971
Mingus foi um dos verdadeiros esquisitões do jazz, um baixista talentoso e compositor, que mudou para um ritmo todo seu, tanto musicalmente e figurativamente. Não é nenhuma surpresa que sua autobiografia está longe de ser tradicional: este é um livro expressionista, poético, divertido e estranho, inflamado pela iconoclastia intelectual e musical de Mingus, bem como sua ira.

6. A criação da juventude – Jon Savage, 1991
Combinando visão em primeira mão de um participante com diligência e objetividade de um historiador, Savage baseia-se em centenas de horas de entrevistas, não só cronologicamente a ascensão vertiginosa The Sex Pistols e a queda, mas também para oferecer um retrato vívido do conturbado país, exausto que gerou um grupo historicamente explosiva de descontentes.

5. Confissões de uma Groupie – Pamela Des Barres, 1987
Contando, ninguém acredita, mas Pamela desfilou com Jim Morrison a tiracolo, foi namorada de Jimmy Page e, depois de resistir a muitas cantadas, acabou cedendo ao ardente desejo de Mick Jagger – para citar apenas três dos mais famosos -; cuidou dos filhos de Gail e Frank Zappa; formou o grupo GTO, Girls Together Only, e se tornou grande amiga de Robert Plant. E ela sabe contar como ninguém uma história muito peculiar da cena rock and roll numa época em que até o showbiz era ingênuo, mas nem por isso menos alucinante. Misturando sua narrativa com trechos dos diários que mantinha com afinco, letras de canções e transcrições de bilhetes, Pamela conduz os leitores com leveza e autenticidade pelos bastidores dos palcos onde se criaram grandes fenômenos do rock. E, ao mesmo tempo, abre o coração da garota que acreditou e viveu o amor livre acima de todas as coisas. A história de Pamela Des Barres inspirou Kate Hudson e Goldie Hawn em seus papéis de groupies nos filmes Quase Famosos e Doidas Demais.

4. Alta Fidelidade – Nick Hornby, 1995
Um namoro terminado, uma loja de discos prestes a falir e um amor incondicional por boa música: eis a vida de Rob, o herói deste romance que se tornou um clássico da melhor literatura pop. Rob é um sujeito perdido. Aos 35 anos, o rompimento com a namorada o leva a repensar todas as esferas da vida: relacionamento amoroso, profissão, amizades. Sua loja de discos está à beira da falência, seus únicos amigos são dois fanáticos por música que fogem de qualquer conversa adulta e, quanto ao amor, bem, Rob está no fundo do poço. Para encarar as dificuldades, ele vai se deixar guiar pelas músicas que deram sentido à sua vida e descobrir que a estagnação não o tornou um homem sem ambições. Seu interesse pela cultura pop é real, sua loja ainda é o trabalho dos sonhos e Laura talvez seja a única ex-namorada pela qual vale a pena lutar. Um romance sobre música e relacionamento, sobre as muitas caras que o sucesso pode ter e sobre o que é, afinal, viver nos anos 1990. Com rajadas de humor sardônico e escrita leve, a juventude marinada em cultura pop ganhou aqui seu espaço na literatura.

3. Só garotos – Patti Smith, 2010
“Tem gente que nasce rebelde. Lendo a história de Zelda Fitzgerald, identifiquei-me com seu espírito insubordinado. Lembro de passear com minha mãe olhando vitrines e perguntar por que as pessoas não chutavam e quebravam aquilo.” É com esse tom franco e irreverente — e ao mesmo tempo doce e poético — que Patti Smith revive sua história ao lado do fotógrafo Robert Mapplethorpe, enquanto os dois tentavam ser artistas e transformar seus impulsos destrutivos em trabalhos criativos. Só garotos é uma autobiografia cativante e nada convencional. Tendo como pano de fundo a história de amor entre Patti e Mapplethorpe, o livro é também um retrato apaixonado, lírico e confessional da contracultura americana dos anos 1970, desfiado por uma de suas maiores expoentes vivas.

2. Vida – Keith Richards, 2010
Existem quase tantas razões pelas quais Vida se tornou uma grande referência para as autobiografias do rock, como há páginas no livro. O que o mito do rock Keith Richards revela em livro surpreende até quem conviveu com ele, verdades até hoje não ditas. Imagina para os fãs do Rolling Stones?

1. Crônicas – Volume One – Bob Dylan, 2004
Concentrando-se em seus anos de fome, em meio a cena popular, no início dos anos 60 na rica Nova York, Dylan empresta um brilho romântico para os clubes enfumaçados da cidade e seus habitantes coloridos, como Dave Von Ronk, Richie Havens e Tiny Tim, saudando os poetas que primeiro acenderam seu desejo pelas palavras – Byron, Shelley, Poe – ao longo do caminho.
Mais tarde, ele destaca dois álbuns menos conhecidos, mas cruciais: New Morning, que capturou a necessidade de Dylan pela família e privacidade, e Oh Mercy, possivelmente, o seu trabalho mais interessante. Aqueles que procuram anedotas sobre suas mais conhecidas canções vão ficar enlouquecidos querendo as duas memórias seguintes prometidas por Dylan no futuro. Nesse meio tempo, ele oferece preces às inspirações musicais mais óbvias (Robert Johnson) e algumas nem tanto (Brecht e Weill). Contada em prosa e fiel à imagem astuta de Dylan, o livro é por vezes sincero, perspicaz e evasivo. Dada a natureza distante do artista, a narrativa é extremamente reveladora.

Fonte: http://blog.estantevirtual.com.br/

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