3 de ago. de 2015

POR ONDE ANDA A VERDADEIRA MÚSICA POP?




O mundo contemporâneo aumentou substancialmente a velocidade das coisas, essa característica se deu por conta dos impressionantes avanços tecnológicos que vivemos nos últimos cinquenta anos. Foi-se o tempo onde ficávamos manhãs e tardes inteiras na frente da TV assistindo aqueles programas prediletos, qual foi à última vez que você saiu para passear de verdade? Qual foi a última vez que se deu ao luxo de assistir o sol nascer ou se pôr? Todas essas coisas se tornaram obsoletas nas últimas décadas. No campo da música os vetores de mudanças varreram vários conceitos antes consolidados, a quase morte do Vinil e do CD e atualmente com o advento da musica digital fala-se em arquivos de músicas inclusive acoplados ao corpo humano. Quem viveu o tempo onde comprar um vinil de um artista predileto, fazia parte de todo um ritual onde se passava horas esmiuçando a arte da capa, o momento de coloca-lo no aparelho de som, o famoso barulhinho da agulha, finalizando com a audição do lado A e do lado B sempre com o encarte em mãos, acompanhando as letras como forma de conhecimento e memorização das canções. Tudo isso ficou no passado, a indústria fonográfica também passou por essa mudança brusca, e se estamos falando dela, consequentemente podemos entender que a música pop também não é mais a mesma.

A QUALIDADE DUVIDOSA DA MÚSICA POP ATUAL

A música pop vem gradativamente caindo de qualidade desde os anos noventa. Na atualidade ser jovem não necessariamente seja sinônimo de se ouvir musica de qualidade, um dos fatores preponderantes para essa queda, é a referida velocidade do mundo atual, que acabou atingindo tudo inclusive a nossa querida música pop. Lembremos que a maior banda de todos os tempos os Beatles ainda hoje é parâmetro para diversas coisas na dita indústria fonográfica, inclusive de sua criação e popularização. Durante alguns anos diversos artistas e bandas no mundo todo tiveram seus trabalhos pautados por esse zelo e padrão excelência, para citarmos exemplos não existiria post-punk, new wave, rock de arena e tudo que veio depois se não fosse a cartilha escrita pelos Fab-Four ainda nos anos sessenta. Não existiriam inclusive aqueles que foram alçados aos postos maiores da música pop, Michael Jackson e Madonna, dois ícones incomensuráveis daquilo que se convencionou a chamar de música pop em seus anos de ouro.

Porém o que estamos assistindo nos últimos vinte anos é essa derrocada, numa curva descendente, a velocidade do mundo atual nos obriga a não mais apreciar uma música que contenha mais de cinco minutos, ouvir as incríveis peças de mais de vinte minutos de bandas como Pink Floyd e Yes hoje virou coisa de roqueiro de museu, radio alguma consegue colocar em sua programação diurna músicas contendo essa duração. Segundo alguns a queda na qualidade das canções pop da atualidade se deve e muito a culpa de um camarada chamado Lukasz Sebastian Gottwald, mais conhecido como Dr. Luke, ele é responsável pela produção de artistas como Britney Spears, Shakira, Katy Perry, Miley Cyrus, Flo Rida, Rihanna, Kesha, Kelly Clarkson, Pink. Na audição das canções desses artistas podemos perceber a junção de arranjos ultra-tecnológicos com letras quase sem sentido algum, nesse atual momento da música pop os arranjos de banda e o apuro nas letras quase inexistem, em contrapartida o que mais interessa para produtores como Dr. Luke é o refrão, a música quase em toda sua totalidade se resume ao refrão, segundo ele os jovens não possuem tanto tempo para aguardar uma introdução de alguns minutos para somente depois chegar ao refrão, nesse meio tempo eles estão com sua atenção voltada a outras coisas o que reduz bastante o tempo disponível deles na audição de uma música. Por mais que nos pareça esquisito e triste, mas isso é a mais pura verdade. Dr. Luke já conseguiu com alguns artistas alcançar o topo da Billboard e de outras paradas no mundo inteiro usando essa formula mágica.

De fato a música pop não é mais a mesma, em meio a esse mar de plasticidade de música descartável, quase nada nos resta, um movimento denominado A.O.R (Adult Oriented Rock) surge como alento para aqueles que ainda dispõem de tempo para ouvir música de qualidade. 









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