4 de dez. de 2014

ROCK ANOS 70 NO BRASIL APRESENTA - MOTO PERPETUO 1974


Por Natan Castro

Moto Perpetuo significa em latim “movimento continuo”, alguns músicos eruditos como Weber e Johan Strauss II escreveram peças brilhantes tendo como base essa ideia. Seria uma peça que em sua execução seu inicio e seu fim se entrelaça de tal maneira que a mesma pode ser repetida infinitamente. Antes de fazer sucesso como artista solo, Guilherme Arantes fazia parte de uma banda de rock progressivo o Moto Perpétuo.  Com sua sonoridade toda baseada no rock progressivo o Moto Perpétuo lançou em 1974 o álbum homônimo, além de Guilherme Arantes no vocal e piano, tinha ainda Egydio Conde (guitarra), Diogenes Burani (Percusão), Gerson Tatini (baixo) e Claudio Lucci (violões, violoncelo, guitarra). O Moto Perpetuo era notadamente influenciado pelos ingleses do Yes e do Genesis, assim como também pela musicalidade do Clube da Esquina de Minas Gerais.


Os músicos se conheceram no curso de arquitetura da USP no inicio dos anos setenta e foram descobertos pelo empresário Moracy do Val, que descobriu também o Secos & Molhados. O disco do Moto Perpetuo é de uma finese musical impressionante, Guilherme Arantes já dava indícios de sua grandiosidade musical, canções como “Mal o Sol” e “Conto Contigo” demostram seu dom de grande letrista. O disco inteiro é recheado de belas canções com arranjos de imensa qualidade sonora, são belas também as canções assinadas por Claudio Lucci. Ainda em 1975 Guilherme Arantes saiu para iniciar uma carreira solo de sucesso, com hits espalhados por diversas novelas, seu nome hoje encontrasse consagrado entre os grandes da MPB. A banda ainda retornaria com alguns integrantes nos anos oitenta, mas nunca alcançando a qualidade do álbum lançado em 1974. 


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