Por Natan Castro
Os anos oitenta pariu uma
centena de grupos que flertavam deliberadamente com a possibilidade de criar
canções através de máquinas, ou para ser mais preciso computadores. Todas bebendo
na fonte inesgotável descoberta no pop por Brian Eno e David Bowie na sua fase
de Berlim. O Depeche Mode surge bem no inicio da década com quatro álbuns
iniciais de relativa qualidade, mas foi com o lançamento de Music For The Masses que ficou bastante nítido
para o publico e para critica que algo havia mudado na sonoridade da banda. Substancial,
instigante, não havia dúvidas o amadurecimento foi visível. Pode-se dividir a
carreira da banda e sem pestanejar do próprio tecnopop antes e depois desse
disco.
Um certo instinto obscuro
perpassa todo álbum, a tecnologia a serviço da música, junto de um discurso
sério, longe das passagens adolescentes dos discos anteriores. O vocal de Dave
Gahan ainda não havia sido atingido pelo uso excessivo de álcool e cocaína, e neste álbum está na medida certa. Music For The Masses além de ser a
obra-prima incomensurável dos ingleses, tem em seu precioso conteúdo a música
de maior sucesso do grupo Strangelove.
Se você não conhece a musica, tenho certeza que pelo menos uma vez na vida você
já se pegou dançando ela, caso haja dúvidas sobre o que digo, após clicar no
play abaixo pule direto para a terceira faixa e perceberá que tenho razão no
que acabei de dizer aqui.
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