24 de set. de 2016

NEVERMIND - 25 ANOS DEPOIS



O lançamento de Nevermind em setembro de 1991, representou no showbizz algo semelhante a queda do Muro de Berlim. Se na União Soviética esse muro dividia um país uma nação. O segundo disco do Nirvana pôs abaixo um muro quase instransponível que separava o rock alternativo dos ambientes estrelados do mainstream. Kurt Cobain almejava no período que sua banda fosse um dia um pouco mais que o Pixies, que tinham ido um pouco além do Sonic Youth. É bem verdade que o disco foi muito mais além. 25 anos depois do seu lançamento álbum algum conseguiu ser tão inovador e genial em termos musicais, o máximo que podemos dizer é que Ok Computer é um puta disco, mas Nevermind é o álbum de rock definitivo dos últimos trinta anos.


Dave Grohl revelou anos depois que na semana de lançamento eles ainda estavam tocando em clubes para 700 pessoas, e antes que essa série de shows terminasse, a conta bancária deles já se encontrava abarrotada de alguns milhões de dólares. Nevermind é a tradução perfeita de peso e melodia, poesia e depressão, humildade e ousadia, desapego e genialidade. Desbancar Michael Jackson no apogeu de sua estadia no topo do pop é uma dessas façanhas desse álbum. Pessoalmente o efeito causado pelo Nevermind em minha vida é avassalador, o disco foi em determinado momento da minha adolescência a quebra de um paradigma, a audição do disco numa tarde deitado na cama do meu quarto, mudou tantas coisas, aquelas canções foram responsáveis por um amadurecimento, aconteceu naquela tarde a passagem da fase adolescente para a fase adulta. Eu não fui mais o mesmo depois de Nevermind, assim como a música alternativa, assim como o rock’n’roll, o disco atingiu pessoas ao redor do mundo, e o mundo da música, por conseguinte mudou bastante depois do Nevermind.   

Por Natan Castro 


                                               

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