O
lançamento de Nevermind em setembro de 1991, representou no showbizz algo
semelhante a queda do Muro de Berlim. Se na União Soviética esse muro dividia
um país uma nação. O segundo disco do Nirvana pôs abaixo um muro quase
instransponível que separava o rock alternativo dos ambientes estrelados do
mainstream. Kurt Cobain almejava no período que sua banda fosse um dia um pouco
mais que o Pixies, que tinham ido um pouco além do Sonic Youth. É bem verdade
que o disco foi muito mais além. 25 anos depois do seu lançamento álbum algum conseguiu
ser tão inovador e genial em termos musicais, o máximo que podemos dizer é que
Ok Computer é um puta disco, mas Nevermind é o álbum de rock definitivo dos
últimos trinta anos.
Dave
Grohl revelou anos depois que na semana de lançamento eles ainda estavam tocando
em clubes para 700 pessoas, e antes que essa série de shows terminasse, a conta
bancária deles já se encontrava abarrotada de alguns milhões de dólares.
Nevermind é a tradução perfeita de peso e melodia, poesia e depressão, humildade
e ousadia, desapego e genialidade. Desbancar Michael Jackson no apogeu de sua
estadia no topo do pop é uma dessas façanhas desse álbum. Pessoalmente o efeito
causado pelo Nevermind em minha vida é avassalador, o disco foi em determinado
momento da minha adolescência a quebra de um paradigma, a audição do disco numa
tarde deitado na cama do meu quarto, mudou tantas coisas, aquelas canções foram
responsáveis por um amadurecimento, aconteceu naquela tarde a passagem da fase adolescente
para a fase adulta. Eu não fui mais o mesmo depois de Nevermind, assim como a
música alternativa, assim como o rock’n’roll, o disco atingiu pessoas ao redor
do mundo, e o mundo da música, por conseguinte mudou bastante depois do
Nevermind.
Por
Natan Castro
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