7 de set. de 2015

TOP 07 – MELHORES DISCOS INDEPENDENTES DO ROCK NACIONAL




07ᵃ POSIÇÃO - MOPHO

Mopho banda de rock’n’roll de Alagoas, a banda tem suas referencias fincadas em tudo que de bom produziu a década de sessenta e setenta. A fase lisérgica de Beatles, Pink Floyd, Mutantes, Rolling Stones e outras grandes bandas ajudaram a turma do Mopho a arquitetar seu som. Nada mais apropriado que o nome da banda para definir a revisitação sonora proposta pelo Mopho, o lançamento desse primeiro disco representa uma espécie de marco no cenário do rock independente nacional, por conta da sua qualidade, na audição temos a sensação da banda ser de outros tempos. As referencias desfilam pelo disco, técnicas de gravação, os arranjos, o visual da banda, as letras bicho-grilo e a surpresa muito agradável de que existia vida inteligente no rock nordestino, fora de Recife.



06ᵃ POSIÇÃO - WADO (O MANIFESTO DA PERIFÉRICA)

Wado é um artista Curitibano radicado em Alagoas, surgido no cenário independente no final dos anos 90 com o disco Manifesto da Arte Periférica, o primeiro disco do artista foi muito bem aceito pela critica e pelo público independente engajado. Junto da banda Mopho o artista ajudou a colocar Alagoas no mapa da música independente do país. O disco é uma espécie de manifesto sonoro que propunha uma diáspora às avessas, ou seja, o centro deveria em certo momento se voltar para o interior no descobrimento de suas raízes estéticas, artísticas, visando através desse mergulho uma deflagração de novos caminhos na música produzida no território nacional. O disco possui uma sonoridade genial, como um verdadeiro alquimista do som Wado realiza de forma bastante interessante o encontro do samba e do rock independente com as raízes sonoras regionais nordestinas.  



05ᵃ  POSIÇÃO - CORDEL DO FOGO ENCANTADO

Quando todos os olhos estavam voltados para o Mangue Beat de Chico Science em Recife no final dos anos 90, lá no sertão de Pernambuco na cidade de Arco Verde um grupo de teatro transformava um espetáculo teatral em registro sonoro. O primeiro disco do grupo Cordel do Fogo Encantado foi produzido por Naná de Vasconcelos, talvez pelo fato do grupo não possuir uma formação clássica de banda de rock, dos instrumentos comumente vistos numa banda normal, somente um violão era usado pelo grupo, o restante era formado por uma parede de tambores, o grupo quase que totalmente era um grupo percussivo. Nos vocais Lirinha um ator que usava e abusava das técnicas de interpretação circense nas apresentações. Em um determinado momento o show grupo chegou a ser a mais visceral nos palcos do Brasil, não deixando a desejar a nenhuma banda de rock pesado. A banda não propunha nenhuma nova estética, tal qual Wado e o pessoal do Mangue-Beat, mas ópera-circense-percurssiva proposta pelo grupo, mais uma vez deixou boquiaberto público e critica demonstrando o quanto o nordeste do pais ainda tem muito a nos mostrar de verdade artística.



04ᵃ  POSIÇÃO - JUPITER MAÇA (A SÉTIMA EFERVESCÊNCIA)

Júpiter Maça é o alter ego artístico de Flavio Basso, o músico gaúcho advindo da cena roqueira dos anos 80, tem esse disco citado comumente em diversas listas de melhores discos do rock nacional. Lançado em 1997 o disco é um passeio no que de melhor produziu a jovem guarda, movimento mod, rock de garagem e psicodelia. Canções como Miss Lexotan 6mg e Querida Superhist viraram verdadeiros clássicos do rock independente nacional. Esse disco é essencial para deseja entender o rock independente tupiniquim dos anos noventa até dos dias atuais.



03ᵃ  POSIÇÃO - AUTORAMAS (STRESS, DEPRESSÃO E SÍNDROME  DE PÂNICO)

Autoramas banda liderada pelo guitarrista Gabriel (ex-Litle Quail), se apresenta em formato trio, teve nesse disco sua estreia, discaço que merece todas nossas reverencias não só pela verdade musical por detrás dele, mas também por representar um ponta pé numa carreira toda voltada a uma trajetória independente. O titulo do disco não poderia ter sido mais bem escolhido, pois no período do seu lançamento os temas citados estavam todos em voga, típicos sintomas dessa nossa realidade social moderna. Canções como fale mal de mim e carinha triste viraram verdadeiros clássicos da banda, a temática escrachada das letras é uma marca da banda, que também bebe na sonoridade da jovem guarda, surf music e nas bandas de garagem do final dos anos sessenta.



02ᵃ  POSIÇÃO - RENATO GODÁ (MÚSICA PARA EMBALAR MARUJOS)

Renato Godá, Musica Para Embalar Marujos apesar de um disco recente entrou na lista por conta da sua ousadia sonora. É bem verdade que somente nos meandros da independência artística um artista conseguiria produzir um disco nesses moldes. No disco Renato mergulha no imaginário dos bordéis, pubs, esquinas e coisas afins, como o titulo já diz as letras destilam relatos desses amores incompletos, típicos dos ambientes frequentados por marinheiros, prostitutas, poetas e toda a sorte de seres que perambulam a margem da sociedade civilmente organizada. Um dos melhores álbuns que tive a oportunidade de ouvir nos últimos anos, Renato Godá como bom trovador que é acertou na mosca na escolha do repertório, quando resolveu mergulhar em referencias que vão de Tom Waits a música árabe, passando pela musicalidade do leste europeu. As canções possuem letras fáceis e de pronta assimilação bem aos moldes do artista, que já há algum tempo transita na cena independente como um dos mais prolíficos da cena atual.



01ᵃ  POSIÇÃO – DR. CASCADURA #1

Pouquíssimas vezes seja no mainstream ou no território independente podemos ver uma banda tão verdadeira, quando o assunto é uma sonoridade própria. O Dr. Cascadura banda proveniente da cena do rock da Bahia, e a nosso ver é a melhor banda independente surgida no cenário nacional até os dias atuais. A estética sonora nos remete ao rock anos setenta, de uma pegada roqueira mais largada, essa banda é unanimidade dentre todos os críticos musicais como uma das melhores bandas de rock do Brasil. Esse é apenas o primeiro disco, a banda possui outros, eles são comumente citados por gente como Caetano Veloso, Lobão, Nando Reis, como uma banda que deveria estar obrigatoriamente tocando em todas as rádios do país, o que não acontece por conta dessas estratégias de marketing deturpadas tomadas pelas grandes gravadoras que detém a hegemonia musical no país. Após a audição do primeiro disco, fica a impressão muito forte, de uma identidade sonora própria, talvez por conta do vocal marcante de Fábio Cascadura e dos arranjos básicos que ajudam as canções a ficarem guardadas em nossa memória. A banda já possui mais de vinte anos de estrada e possui o titulo unânime de uma das, senão a melhor banda de rock independente do Brasil.




Nenhum comentário :

Postar um comentário

Let´s rock baby