Por Natan Castro
Existe desde sempre uma
linha tênue entre a genialidade e a tragédia, o Joy Division foi uma banda que
no pouco tempo de sua existência esteve imersa na complexidade dessa
informação. No documentário abaixo os integrantes da banda juntamente com
produtores, e pessoas que estiveram ligados a lenda, explicam através de seus
relatos o que foi e o que representou aqueles poucos anos na vida de cada um
deles. Na historia do rock o Joy Division é um caso raro de sucesso súbito,
junto de um fim triste e trágico. Com a morte de Ian Curtis aos 23 anos,
tivemos o fim da década de setenta de fato, ele vinha de uma linhagem, uma
mesma linhagem onde havia surgido Nick Drake, Marc Bolan, Sid Viciuos, Iggy
Pop, David Bowie, Lou Reed. Muitos momentos chamam atenção nesse documentário
como os detalhes de como a banda surgiu, a produção dos dois álbuns, mas o
momento mais curioso e impressionante ao meu ver, foi a revelação por um dos
integrantes de que Ian Curtis tentou a regressão em vidas passadas para
entender os seus fantasmas pessoais e uma possível causa para sua epilepsia
crônica.
Este documentário é um
registro soberbo sobre uma banda mítica, que surgiu num período de transição no
rock. Nunca mais teremos um vocalista, poeta como Ian Curtis, capaz de cantar
suas mais profundas dores com tanto lirismo, lirismo esse que muitas vezes
esquecemos que se tratam como ele mesmo disse em uma canção, de “retratos do
trauma e da degeneração”.
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Let´s rock baby