Por Natan Castro
É sempre assim, desde o
inicio das atividades do estilo musical denominado rock ‘n’ roll. O estilo
sempre pariu seus heróis e por algum motivo que não se sabe ao certo, algumas dessas
personas possuem uma certa aptidão pela auto-destruição. O fato é que sem esses
“anti-heróis” dificilmente o rock ficaria eternizado perante as gerações como
vem acontecendo desde os anos cinqüenta do século passado até os dias atuais. Os
ingredientes são basicamente três um garoto inconformado com o status quo,
junto disso abuso de álcool e drogas. Não esqueçamos é claro um talento
sub-jacente para escrever canções atemporais. Foram diversos desde o inicio como
Robert Johnson, Buddy Holly, Ritchie Valens, Gene Vincent, Jim Morrison, Jimi
Hendrix, Marc Bolan, Ian Curtis e por ai vai.
A banda em questão é o THE
SOUND, banda inglesa do inicio dos anos oitenta e um dos expoentes do
Post-Punk. Apesar de não estar nos registros do estilo junto de lendas como Joy
Division, The Cure, The Smiths e Echo and The Bunnymen. O THE SOUND é uma banda
que ainda hoje possui uma profunda admiração por parte da critica
especializada, pelo fato de possuir matéria prima sonora e discursiva acima da
média. Retomando as informações do inicio do texto, temos como front-man do THE
SOUND um camarada chamado Adrian Borland líder, guitarrista e vocalista da
banda. Anteriormente Adrian possuiu uma banda punk que não vingou, após o
término dos trabalhos do THE OUTSIDERS Adrian montou o THE SOUND, ao todo foram
cinco álbuns lançados, com ótimas criticas por parte dos jornalistas
especializados, mas com poucas vendagens de discos. Adrian Borland sofria de
Transtorno de Personalidade Esquizóide e era adepto do alcoolismo e uso de
drogas, fato esse que fez com que a banda encerrasse suas atividades entre 1987
e 1988. O líder da banda morreu vitima de suicídio aos 41 anos. Nos últimos
tempos a banda vem sendo alvo de uma certa fama Cult por conta da sua qualidade
sonora que é visível logo nos primeiros instantes das canções do clássico From
The Lions Mouth. Carregado de simbolismo desde a capa, a banda abusa numa
ambientação sonora peculiar, com elementos eletrônicos, tensões e quebras de
ritmos. Com influencias do Krautrock eles levaram a banda para um lugar secreto
onde somente agora o público conseguiu encontrá-los para nossa felicidade.
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Let´s rock baby