11 de abr. de 2014

NEVERMIND (NIRVANA) - DISCOTECA BÁSICA



Por Natan Castro 

Em 1991 quando do lançamento do Nevermind eu era apenas um garoto de 11 anos fá de Star Wars e livros estranhos, à época eu mal conseguia olhar nos olhos de uma garota por mais de dois segundos, tamanha a timidez que sentia toda vez que isso acontecia. Os anos se passaram e em 1994 soube da morte de um tal Kurt Cobain líder e vocalista de uma banda de Seattle nos E.U.A que tinha um nome muito interessante Nirvana. No inicio de 1995 um amigo me emprestou uma revista que havia publicado naquela edição a carta de despedida de Kurt Cobain, no outro dia por interesse e uma latente curiosidade peguei com esse mesmo amigo emprestado, o falado Nevermind.

Lembro-me de ter passado uma tarde inteira ouvindo aquele álbum, do inicio ao fim sempre iniciando da primeira a última faixa. Deitado durante todo o tempo sempre apertava o play do controle remoto com o intuito de iniciar sempre a audição da faixa inicial. No final da tarde posso afirmar aqui com toda gama de certeza que eu não era mais o adolescente que horas antes havia colocado o cd no deck do tocador. Antes eu era apenas um pré-adolescente depois de Nevermind eu me tornei um adolescente com poucas horas para adentrar a fase adulta. Essa passagem só se tornou possível por causa desse álbum. O primeiro impacto sentido veio do vocal de Kurt Cobain, era diferente de tudo, impressionante como o vocalista daquela banda ia do timbre visceral de Territorial Pissings, a um vocal mais singelo e lírico de Something in The Way ou a própria Polly. À época já havia escutado Cream e outros Power-Trio, mas Nirvana era diferente a sonoridade pulsava na minha corrente sanguínea, de olhos fechados ouvindo Nevermind sempre imaginava uma travessia e no final um pulo de uma dessas quedas d’águas altíssimas.


Tudo era novo pra mim, a sonoridade estupenda, por conta das guitarras distorcidas e melódicas de Kurt Cobain, as linhas de baixo onipresentes de Kris Novoselic e a bateria animal de Dave Groll. O visual da banda remetia ao punk, mas não era punk propriamente, o som tinha uma verve pop, mas claro que não era pop propriamente, as letras eram tristes, mas falavam o idioma de todo adolescente do inicio dos anos noventa no planeta inteiro e no final a minha constatação era que aquilo era novo, muito novo sim aquilo era grunge. No outro dia fui com meu amigo em uma das duas únicas lojas de acessórios de rock de São Luis daquela época e comprei uma camisa preta com a estampa gigante de Kurt Cobain na frente, junto de alguns acessórios grunge. Dali pra frente eu não tinha dúvidas do que eu queria ser, por mais que a vida mudasse em determinadas épocas dali pra frente, mas no fundo bem no fundo mesmo eu gostava mesmo era de rock, eu fui dali pra frente um rockeiro, isso que continuo sendo e sempre serei. Nevermind representou o meu passaporte para a fase adulta da minha vida, disso eu nunca terei dúvidas nenhuma.  


CURIOSIDADES SOBRE O NEVERMIND

Diz à lenda que a banda possuía somente três músicas prontas ao entrar no estúdio para gravar Nevermind. Outra informação é que Kurt Cobain nunca gostava de fazer mais de um take de uma gravação, forçando o produtor Butch Vig (baterista Garbage) a fazer milagres nas gravações das faixas. O pai do bebê que tirou a foto na piscina com a nota de um dólar (capa do disco) ganhou duzentos dólares como cachê. Na época do lançamento Nevermind ultrapassou Dangerous de Michael Jackson no top 10 da Billboard.

* você pode ouvir o álbum completo no nosso play, na parte superior do blog.

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