Diferente do que alguns podem achar a psicodelia não foi um
movimento que ficou atrelado ao Reino Unido e aos E.U.A, existem registros de
bandas produzindo musicalidade baseada na psicodelia em diversos cantos do
planeta. O Brasil por sua vez teve um integrante à altura da viagem toda, a
banda formada em seu núcleo criativo pelos irmãos Arnaldo e Sergio Batista e a
cantora de descendência americana chamada de Rita Lee, Junto deles o baterista
Dinho fechava a formação. O primeiro álbum (Mutantes) saiu em 1968, ouvindo
esse álbum hoje realmente impressiona por conta da sonoridade forjada por eles
na época. O que se escuta ali não se parece em nada com o que estava se
produzindo em forma de música no Brasil, estávamos em plena ditadura, época de
conflitos estéticos entre aqueles que consideravam a bossa-nova e o resto da
musica popular brasileira um ambiente imaculado, e a turma dos tropicalistas de
Caetano e Gil que acreditavam que existia um novo caminho flertando com o rock
e outras formas de expressão de massa. No meio desse burburinho surgiu esse
primeiro álbum dos Mutantes, produzidos pelo maestro Rogerio Duprat, o álbum
coloca a tona a genialidade dos garotos paulistas, influenciado pelos Beatles,
a psicodelia corre solta, em Panis Et Circense, Bat Macumba, Baby e outras. O
álbum foi considerado pela revista MOJO em 2005 um dos maiores álbuns
experimentais da história da música pop, ficando inclusive a frente de Beatles,
Pink Floyd e Frank Zappa. Atualmente esse e outros discos dos Mutantes gozam de
um reconhecimento planetário, causado por opiniões de gente como David Byrne
(Talking Heads) e Sean Lennon (Filho de John Lennon), que chegou a
dizer publicamente que o álbum em sua opinião é mais importante que o próprio
Sargeant Peppers.
28 de nov. de 2012
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