Ferreira
Gullar – A incrível Trajetória do Poeta
Hoje é o aniversário de 85
anos de um dos senão, o maior poeta vivo do Brasil. Ferreira Gullar é
maranhense, nascido na cidade de São Luís. Ainda muito jovem ganhou um concurso
de poesia do jornal do Brasil e por conta desse premio foi convidado a morar no
Rio de Janeiro, isso na década de 50. Logo depois Ferreira Gullar rompe com uma
forma mais clássica de fazer poesia, e logo depois lança um dos seus livros
mais importante chamado A Luta Corporal,
nesse livro de poesia magistral Ferreira Gullar segundo ele mesmo passa por uma
experiência limite quando ao escrever um poema chamado Roseiral, acredita ter implodido com a
sintaxe e esse acontecido causou uma espécie de interrupção no seu processo de
criação literária. Logo depois o poeta encontra na poesia de cordel a
possibilidade de protestar contra as desigualdades sociais do país, nesse período
passa a cuidar da UNE e se afilia ao partido comunista, com o golpe de 64,
Ferreira Gullar passa a ser procurado pelo aparelho repressivo da ditadura e se
vê obrigado a sair do Brasil, indo para União Soviética, Peru, Chile e
Argentina, onde escreve em 1975 a sua obra prima o Poema Sujo, o poema seria uma espécie de despedida do poeta, depois
de tantos anos na clandestinidade, a pedido de Vinicius de Moraes o poeta lê o
poema aos amigos ainda em Buenos Aires e essa leitura é gravada por Vinicius e trazida ao Brasil. A repercussão do poema por aqui faz Ferreira Gullar
retorna ao país no final da década de setenta no país vivendo os primeiros
momentos da abertura politica.
Ferreira
Gullar e a Canção Popular
É estreita a relação do
poeta com a música popular, Ferreira foi o diretor artístico do show opinião na
década de sessenta, show esse que revelou ao Brasil a cantora Maria Bethania, o
compositor regional maranhense João do Vale, e o poeta do morro o sambista Zé
Ketti.
Certa vez nos anos noventa Ferreira
Gullar aceitou o convite para traduzir e transcrever para o português um bolero
do cantor dominicano Juan Luiz Guerra, a música ficou conhecida em português como
Borbulha de Amor cantada por Fagner. Essa
mesma canção mudou a vida de Adriana Calcanhoto. A própria Adriana Calcanhoto
musicou o poema de Ferreira Gullar chamado Traduzir-se
e é descaradamente uma fã do poeta. O poeta tem ainda como parceiros musicais
Caetano Veloso (“Onde Andarás”),
Milton Nascimento (“Bela bela”),
Paulinho da Viola (“Solução de vida”). Ferreira Gullar também é conhecido por
colocar letra na peça Trenzinho Caipira de
Villa Lobos.
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