A Legião voltou.
Não sei se esta
acima é a nova formação.
Mas são as fotos
que o amigo MARCELO BONFÁ publica fazendo suspense na sua página do FACE.
Logo depois de
enterrar RENATO RUSSO, numa cerimônia discreta em 11 de outubro de 1996, seu
amigo e parceiro de longa data, o guitarrista DADO VILLA-LOBOS, nos braços de
quem Renato morreu, recebeu um telefonema de um advogado.
Em nome da família,
anunciava que tanto ele quanto o baterista BONFÁ estavam proibidos de tocar e
usar a marca que ajudaram a fundar: LEGIÃO URBANA.
A batalha pelo
direito de tocar as músicas durou quase 20 anos.
O litígio com o
filho de Renato, GIULIANO MANFREDINI, em nada lembrava os ideais do pai, que
consideravas a banda, amigos e fãs uma legião em luta por um mundo platônico,
idealizado e sem preconceitos.
Em 2014, o conflito
se acirrou.
A página que ocupa
o endereço legiaourbana.com.br, foi feita pela empresa Legião Urbana Produções
Artísticas, controlada por Manfredini e detentora da marca Legião Urbana, sem o
consentimento de Dado e Bonfá.
Enfim, a 7ª
vara empresarial do Rio de Janeiro deu ganho de causa aos músicos: em 28
de outubro de 2014 foram autorizados judicialmente a utilizar
comercialmente a marca Legião Urbana.
Estabeleceu que os
ex-integrantes “foram fundamentais na consolidação do sucesso alcançado pelo
grupo e que, portanto, devem gozar dos mesmos benefícios do herdeiro de
Renato”: “Por
certo, os autores são ex-integrantes da banda e contribuíram durante toda a sua
existência, em nível de igualdade com Renato Russo, para todo o sucesso
alcançado. Assim sendo, não parece minimamente razoável que não possam fazer
uso de algo que representa a consolidação de um longo e bem sucedido trabalho
conjunto – reconhecido por milhões de fãs…”
Caso Giuliano
descumpra a sentença estará sujeito a uma multa de R$50 mil reais.
Dado e Bonfá
conseguiram os direitos de tocar LEGIÃO e vão se apresentar a partir de
outubro, em turnê, num show dirigido pelo grande diretor teatral, FELIPE
HIRSCH.
A banda LEGIÃO já
ensaia em estúdios do RIO, por onde começa a turnê.
A dúvida era: quem
cantaria? Barbada.
A decisão não podia
ser outra: André Frateschi, o Andrezinho [acima no meio dos 5, de camisa
vermelha], filho da grande atriz Denise Del Vecchio.
André, ator que
trabalhou no teatro com Monique Gardenberg, em filmes, novelas e séries, há muito
toca com a mulher MIRANDA KASSIN em shows pelo circuito alternativo e do grupo
S [Sesc, Sesi].
Ela lotava o
saudoso Studio SP cantando Amy Winehouse, e ele lotava com o show HERO cantando
Bowie.
Ambos, considerados
o “casal hit”, têm o projeto MIRANDA KASSIN & ANDRE FRATESCHI:
Já lançaram disco
próprio e em shows interpretam Tom Waits, Lou Reed, Neil Young, Etta James,
Nancy Sinatra, Rita Lee e Robert Cray, além de Amy e Bowie.
ANDRÉ promete
surpreender.
Me disse que não
vai “macaquear” (imitar) RENATO, que conheceu quando criança – junto com a mãe,
que fez minha mãe EUNICE na peça FELIZ ANO VELHO, vivia com violão nos camarins
do teatro, que Renato, meu amigo, também frequentava.
Uma vez em
Campinas, LEGIÃO e a peça FELIZ ANO VELHO se apresentaram juntas na abertura do
ginásio da UNICAMP.
Mas ANDRÉ, que
redescobre a banda que ama e amou, especialmente as músicas dos últimos discos,
sabe que para ser RENATO no palco precisa ir além.
E promete ir.
A Banda ganha o
suingue do baixista do PLANET HEMP.
Força, queridos.
Estarei no
gargarejo, como no passado. Matando as saudades.
Fonte: http://cultura.estadao.com.br/blogs/marcelo-rubens-paiva
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